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eCommerce  eBusiness  15 set 2021

Mondial Relay já opera em Portugal e tem previsões de negócio otimistas

Iniciou o seu serviço de envio e entrega de encomendas no mercado português muito recentemente, mas as previsões são de crescimento rápido da atividade.

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A Mondial Relay é especialista em envios e entregas de encomendas Business to Consumer (B2C) e Consumer to Consumer (C2C), até 30 kg, através da sua rede de lojas aderentes ao conceito Ponto Pack, presente em diversos países europeus e assente no comércio local de proximidade.

Permite o acesso a uma oferta de produtos variada, fazendo a ligação entre os consumidores e as empresas de venda à distância, como as lojas virtuais ou web stores, profissionais ou particulares, oferecendo um serviço completo para a expedição e entrega das suas encomendas, “tendo em atenção os objetivos de neutralidade carbónica e a contribuição para o desenvolvimento social dos locais onde está representada”.

Abriu a sua operação no mercado português em agosto de 2021, no culminar de um projeto que teve início em meados de 2019, mas que sofreu atrasos significativos devido à pandemia. “Somos, portanto, uma operação muito recente no País e estamos a dar os primeiros passos no desenvolvimento da atividade que, por força do grupo em que estamos inseridos, acreditamos que crescerá rapidamente”.

A aposta no mercado português aconteceu por três motivos principais. Em primeiro lugar, “para complementar a oferta de locais de conveniência para o levantamento das encomendas dos nossos clientes atuais e que, por força de não existir a Mondial Relay em Portugal, tinham uma solução incompleta no seu portfólio”. Em segundo lugar, a  empresa considera que o mercado de eCommerce em Portugal tem muito por onde crescer “quando comparado com a média europeia, o que é uma oportunidade muito interessante e uma ajuda para alavancar as vendas dos pequenos negócios”. Em terceiro, a Mondial Relay considera as comunidades de emigrantes, que fazem envios regulares entre familiares no espaço comunitário.

O modo de funcionamento das operações em Portugal é igual ao do resto dos países onde marca presença. “Só assim poderemos tirar partido do conhecimento adquirido ao longo dos anos e melhorar a produtividade das operações”. As únicas adaptações que são feitas são as traduções dos textos e as ofertas comerciais, que podem ter algumas variações mediante o mercado em que são apresentadas, de forma a melhor ir de encontro aos interesses dos clientes locais.

Temos constatado que no interior de Portugal existe procura por serviços que a oferta está aquém de satisfazer, revelando-se esta uma oportunidade a considerar no desenvolvimento de curto prazo que estamos a fazer.

Outra das oportunidades e benefícios do desenvolvimento do conceito em que a Mondial Relay é líder na Europa, nas entregas não domiciliárias (OOH – Out Of Home), é o contributo diário para a redução do trânsito, não só nas cidades, mas também em todo o território, devido às entregas agrupadas nos Ponto Pack, que são próximos das zonas de atividade humana e que contribuem para a redução do consumo de combustíveis fósseis nas deslocações, reduzindo consideravelmente a pegada ecológica, em comparação às entregas ao domicílio.

Sendo os mercados atuais globais e transversais, também as vantagens do conceito de entrega em lojas de conveniência o são. A principal diferença que se pode encontrar é a resistência do consumidor a mudar os seus hábitos de envio e receção de encomendas, mesmo quando as vantagens são evidentes.

Perspetivas para o negócio em Portugal no “rescaldo” da pandemia

Dado o recente início de atividade operacional e comercial em Portugal, a Mondial Relay considera prematuro fazer previsões, mas adianta que os volumes que está a receber oriundos de vários países europeus, as perspetivas são muito animadoras. “Contamos que a curto prazo, com a inclusão de clientes nacionais, possamos contribuir para a aceleração da internacionalização de pequenas empresas, pois a disponibilidade de pontos de entrega e recolha em França, só para dar um exemplo, é superior a 11.000, disponíveis de imediato a qualquer comerciante, independentemente da sua dimensão”.

Como em todas as atividades, a pandemia obrigou a Mondial Relay a refletir sobre as suas bases de negócio e a adaptá-las aos novos constrangimentos, rapidamente. Foi o caso da tipologia de comércio escolhido como parceiro para os Pontos Pack, tendo passado a ser privilegiados negócios de carácter essencial, por forma a que o serviço continuasse disponível aos clientes.

O principal desafio foi retardar em 18 meses a abertura das operações no mercado português. Outro grande desafio foi também a gestão da equipa comercial, que tendo de se deslocar por todo o país para fazer prospeção e angariação de comerciantes para a rede Ponto Pack, se viram, durante meses, em permanente incerteza sobre como planear e fazer o seu trabalho semana a semana, revelando-se esta condicionante extremamente desgastante.

Apesar de tudo, também existiram pontos positivos. “Destaco o maior sucesso na angariação de comerciantes com estabelecimentos de comércio essencial, pois eram os únicos que estavam abertos e que era possível abordar”.

Relativamente ao mercado das entregas em geral, a última milha (“last mile”) continua a ser um problema recorrente e onde reside mais de um terço do custo de transporte de uma encomenda.

“Pela importância que representa, em termos de custo, qualquer melhoria tem um impacto significativo, tanto nas contas das empresas, como no serviço prestado ao cliente, e também no impacto ambiental. O cliente quer disponibilidade, a empresa quer rentabilidade e o ambiente quer emissões baixas ou nulas. Temos então que encontrar uma boa solução para que este triângulo seja harmonioso e equilibrado”.

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