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No final do primeiro semestre de 2021, o número de assinantes que usaram os serviços móveis cresceu 414 mil, mais 3,4% face ao mesmo semestre do ano anterior, na maior subida registada desde que se iniciou a recolha deste indicador em 2010.
No total, os cartões ativos com utilização efetiva aumentaram para 12,5 milhões no final de junho, de acordo com os dados reunidos pela Anacom.
A entidade reguladora explica o aumento com a evolução dos planos pós-pagos e híbridos (+5,7% nos últimos 12 meses), que representam 62,9% do total de acessos, e estará associado ao gradual levantamento das limitações de circulação iniciado na segunda quinzena de março. Os planos pré-pagos, continuaram a evidenciar uma tendência de decréscimo (-0,1% nos últimos 12 meses), à semelhança do que vem ocorrendo desde 2012.
O tráfego de voz móvel em minutos aumentou 7% face ao primeiro semestre de 2020. A evolução ocorrida no tráfego de voz em minutos foi influenciada pela pandemia. Estima-se que, caso esta não tivesse ocorrido, o tráfego médio de voz móvel por acesso, teria aumentado 4,6% neste semestre face a igual período de 2020.
Estima-se que o efeito da pandemia durante os cinco trimestres em que se registou foi, em média, de mais 11,8% por trimestre. A COVID-19 terá também influenciado o tráfego com destino a redes internacionais, que diminuiu 12,6%.
O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 8 milhões, mais 2% que em igual período do ano anterior. Este valor corresponde a uma taxa de penetração de cerca de 78 por 100 habitantes, mais 1,5 pontos percentuais do que no 1.º semestre de 2020.
O aumento resulta de um maior número de utilizadores do serviço de acesso à Internet através do telemóvel (+1,3%) e de PC/tablet/pen/router (+11,9%). Neste último caso, trata-se do maior crescimento homólogo registado desde 2010, o qual poderá estar associado ao Programa Escola Digital (lançado em setembro de 2020), ao gradual desconfinamento e ao início do verão.
O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel aumentou 24,6% face ao período homólogo, explicado pelo aumento do número de utilizadores e, em maior medida, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço.
O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 23,7% face ao período homólogo. Cada utilizador de banda larga móvel consumiu, em média, 5,5 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 25,8 GB (+27,6%). A COVID-19 terá contribuído para a evolução ocorrida, especialmente no caso das ofertas suportadas em PC/tablet/pen/router.
Apesar desse aumento semestral, os resultados de um estudo da Opensignal, permitem concluir que Portugal é o país com menor consumo médio mensal de dados móveis entre os 65 países considerados. Os diferentes níveis de consumo de dados móveis resultam dos diferentes níveis de: penetração de 5G e banda larga fixa; utilização de redes Wi-Fi (onde Portugal se destaca); preços e características das ofertas disponíveis em cada país.
No período em análise, a taxa de penetração do serviço móvel ascendeu a 170,4 por 100 habitantes. A penetração de acessos móveis comercializados em pacote com serviços fixos foi de 48,1 por 100 habitantes.
Alguns tipos de tráfego em roaming registaram aumentos face a igual período do ano anterior. Destaque para o tráfego de Internet que voltou a crescer a taxas elevadas (+30,9% no roaming in e +37,3% no roaming out), depois da queda significativa com o início da pandemia, no 2.º trimestre de 2020.
No que se refere a quotas, a MEO foi o prestador com a quota mais elevada de acessos móveis ativos com utilização efetiva (40,4%), seguida da Vodafone (29,8%), da NOS (26,7%) e da NOWO (1,8%). A NOS detém a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel com 45,4%, seguida da MEO e da Vodafone com 27,4% e 26,7%, respetivamente.