ir para o conteúdo principal
Idioma
PT
Torne-se Associado Adira ao Diretório
ACEPI
Estudos  02 ago 2022

Portugal sobe uma posição no ranking europeu da digitalidade

Integração das tecnologias digitais e serviços públicos digitais são as vertentes em que Portugal obtém melhores resultados, no Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade.

content image article

Portugal ocupa o 15.º lugar entre os 27 Estados-membros da UE na edição de 2022 do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (DESI na sigla em inglês), tendo subido uma posição em relação a 2021.

Os progressos relativos de Portugal são, de modo geral, ligeiramente inferiores aos dos países homólogos, pelo que há margem para o país acelerar os seus esforços de digitalização, pode ler-se no relatório.

Integração das tecnologias digitais e serviços públicos digitais são as vertentes em que Portugal obtém melhores resultados, ficando acima da média europeia. Abaixo fica a avaliação nas vertentes capital humano e, principalmente, conectividade.

No geral, o DESI aponta que, durante a pandemia de COVID-19, os Estados-membros deram passos em frente no plano da digitalização, mas continuam a ter dificuldade em colmatar as lacunas existentes em matéria de competências digitais, transformação digital das PME e implantação de redes 5G avançadas.

“O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que consagra cerca de 127 mil milhões de EUR a reformas e investimentos no domínio digital, oferece uma oportunidade sem precedentes para acelerar a transformação digital que a UE e os Estados-membros não podem deixar passar”.

As conclusões mostram que, embora a maioria dos Estados-membros mostrem progressos na sua transformação digital, a adoção de tecnologias digitais essenciais pelas empresas, como a inteligência artificial (IA) e os megadados, continua a ser reduzida.

“É necessário redobrar esforços por forma a assegurar a plena implantação das infraestruturas de conectividade (nomeadamente a tecnologia 5G) necessárias para garantir serviços e aplicações altamente inovadores”, pode ler-se.

As competências digitais são um outro domínio importante em que será necessário realizar mais progressos, aponta-se Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade. De recordar que apenas 54 % dos europeus com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos possuem, pelo menos, competências digitais básicas. A meta da Década Digital é chegar, pelo menos, a 80 % até 2030.

A Finlândia, a Dinamarca, os Países Baixos e a Suécia continuam a ser os líderes europeus no que diz respeito à digitalidade, aponta o relatório. Não obstante, mesmo eles enfrentam lacunas em áreas fundamentais: a adoção de tecnologias digitais avançadas, como a inteligência artificial e os megadados, permanece abaixo de 30 % e muito aquém da meta digital para 2030 de 75 %; a escassez generalizada de competências, que está a travar os progressos globais e a conduzir à exclusão digital.

Há uma tendência de convergência genericamente positiva: a UE continua a melhorar o seu nível de digitalização e os Estados-Membros que partiram de níveis mais baixos estão a recuperar gradualmente, aumentando a um ritmo mais rápido. Em particular, a Itália, a Polónia e a Grécia melhoraram substancialmente os seus resultados no DESI ao longo dos últimos cinco anos, aplicando investimentos sustentados com uma ênfase política reforçada no domínio digital, apoiados também por financiamentos europeus.

Newsletter