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Integração das tecnologias digitais e serviços públicos digitais são as vertentes em que Portugal obtém melhores resultados, no Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade.
Portugal ocupa o 15.º lugar entre os 27 Estados-membros da UE na edição de 2022 do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (DESI na sigla em inglês), tendo subido uma posição em relação a 2021.
Os progressos relativos de Portugal são, de modo geral, ligeiramente inferiores aos dos países homólogos, pelo que há margem para o país acelerar os seus esforços de digitalização, pode ler-se no relatório.
Integração das tecnologias digitais e serviços públicos digitais são as vertentes em que Portugal obtém melhores resultados, ficando acima da média europeia. Abaixo fica a avaliação nas vertentes capital humano e, principalmente, conectividade.
No geral, o DESI aponta que, durante a pandemia de COVID-19, os Estados-membros deram passos em frente no plano da digitalização, mas continuam a ter dificuldade em colmatar as lacunas existentes em matéria de competências digitais, transformação digital das PME e implantação de redes 5G avançadas.
“O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que consagra cerca de 127 mil milhões de EUR a reformas e investimentos no domínio digital, oferece uma oportunidade sem precedentes para acelerar a transformação digital que a UE e os Estados-membros não podem deixar passar”.
As conclusões mostram que, embora a maioria dos Estados-membros mostrem progressos na sua transformação digital, a adoção de tecnologias digitais essenciais pelas empresas, como a inteligência artificial (IA) e os megadados, continua a ser reduzida.
“É necessário redobrar esforços por forma a assegurar a plena implantação das infraestruturas de conectividade (nomeadamente a tecnologia 5G) necessárias para garantir serviços e aplicações altamente inovadores”, pode ler-se.
As competências digitais são um outro domínio importante em que será necessário realizar mais progressos, aponta-se Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade. De recordar que apenas 54 % dos europeus com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos possuem, pelo menos, competências digitais básicas. A meta da Década Digital é chegar, pelo menos, a 80 % até 2030.
A Finlândia, a Dinamarca, os Países Baixos e a Suécia continuam a ser os líderes europeus no que diz respeito à digitalidade, aponta o relatório. Não obstante, mesmo eles enfrentam lacunas em áreas fundamentais: a adoção de tecnologias digitais avançadas, como a inteligência artificial e os megadados, permanece abaixo de 30 % e muito aquém da meta digital para 2030 de 75 %; a escassez generalizada de competências, que está a travar os progressos globais e a conduzir à exclusão digital.
Há uma tendência de convergência genericamente positiva: a UE continua a melhorar o seu nível de digitalização e os Estados-Membros que partiram de níveis mais baixos estão a recuperar gradualmente, aumentando a um ritmo mais rápido. Em particular, a Itália, a Polónia e a Grécia melhoraram substancialmente os seus resultados no DESI ao longo dos últimos cinco anos, aplicando investimentos sustentados com uma ênfase política reforçada no domínio digital, apoiados também por financiamentos europeus.