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Estudos  26 abr 2022

Turismo: consumidores estão mais digitais e inovadores e menos dispostos a correr riscos

O mercado turístico tem registado uma forte aceleração do seu processo de digitalização, numa altura em que 47% dos consumidores reservam viagens online e o número de pessoas que adiam a decisão até ao último minuto desceu de 38% em 2019 para 14% em 2021.

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O mercado de Viagens, Atividades & Atrações (TAA) está a evoluir rapidamente à medida que se esforça por criar experiências únicas e mais inclusivas para os consumidores, que são cada vez mais digitais. A pandemia COVID-19 desencadeou uma revolução digital num setor em que certos processos foram acelerados, embora seja verdade que alguns dos principais intervenientes, como hotéis e companhias aéreas, já haviam enveredado pelo caminho de uma maior digitalização.

De acordo com o estudo "Are You Experienced?", realizado pela consultora NTT DATA, em colaboração com a Globick, esta aceleração deve-se, principalmente, a uma mudança no comportamento dos consumidores.

Os equipamentos mobile foram os mais e, por vezes, os únicos, dispositivos utilizados para interagir com as empresas de turismo. A pandemia também teve um grande impacto nesta mudança de comportamento. Devido a limitações de capacidade, os consumidores começaram a alterar a sua estratégia de reservas e hoje, em vez de deixarem tudo para a última da hora, tendem a planear as suas viagens com mais antecedência.

De acordo com a NTT DATA, a percentagem de viajantes que esperam até ao último minuto caiu de 38% em 2019 para 14% em 2021. Atualmente, 46% compram os bilhetes com uma semana ou mais de antecedência, de acordo com dados do Arival. Como resultado, a utilização de canais digitais para fazer estas reservas disparou, com 47% dos consumidores a comprar os bilhetes online, seja através do computador ou smartphone, o que compara com 28%, em 2019.

As empresas de viagens interessadas em tirar partido destas mudanças do comportamento dos consumidores devem assegurar que a procura e a reserva de produtos num destino - e a confirmação em tempo real – são mais racionalizadas e fáceis de utilizar. É aqui que as ATA (Online Travel Agency) estão, de certa forma, em vantagem.

Uma experiência coerente, integrada e acessível

Um dos principais fatores destacados é o de que cada empresa de viagens tem de oferecer produtos adequados ao seu mercado alvo, personalizando assim a sua oferta e tornando-a mais fácil para os clientes encontrarem o que procuram. As empresas de viagens devem também assegurar que todos os produtos TAA de terceiros, comercializados nos seus websites, são igualmente fáceis de ler, pesquisar, compreender e reservar, mesmo que o conteúdo não seja o seu. As recomendações personalizadas de produtos são muito melhores do que as genéricas. Se um consumidor clicar em apenas uma recomendação personalizada, a taxa de conversão aumenta de 1% para 4%. Há mesmo algoritmos sofisticados que fazem recomendações personalizadas e eficazes, que ajudam a reduzir os tempos de pesquisa e a aumentar as vendas.

Além disso, outro fator importante a ter em conta é a necessidade de estabelecer parcerias com intermediários, especializados no mercado TAA e que possam facilitar o acesso aos melhores produtos do mercado, nas melhores condições possíveis. As marcas que desejam comercializar produtos TAA com sucesso devem certificar-se de que o seu processo de reserva, serviço ao cliente e toda a abordagem de venda destes produtos estão alinhados com a sua marca, integrados e coerentes.

Em resumo, a comercialização de produtos TAA dá às marcas de viagens uma ampla gama de oportunidades de fidelização de clientes, oferecendo experiências únicas antes, durante e depois das suas viagens. Esta experiência do consumidor deve ser totalmente integrada e alinhada com a marca e ter uma plataforma informática que facilite o acesso ao inventário de múltiplos operadores TAA.

 

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