ir para o conteúdo principal
Idioma
PT
Torne-se Associado Adira ao Diretório
ACEPI
Estudos  26 jul 2024

Confiança dos profissionais na IA Generativa está a crescer e portugueses são recetivos à mudança

Um estudo da BCG revela que 60% dos profissionais defendem que a IA Generativa lhes poupa tempo no trabalho.

content image article

Cerca de seis em cada dez profissionais ao redor do globo revelam que a utilização de ferramentas de Inteligência Generativa (IA Generativa) lhes poupa tempo no exercício das suas funções, segundo o estudo “AI at Work: Friend and Foe”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG)

"Cada vez mais, os profissionais reconhecem os benefícios que a IA Generativa acarreta, nomeadamente ao nível da produtividade. A maioria dos utilizadores desta tecnologia reporta uma poupança potencial de mais de 5 horas semanais, na aceleração de atividades rotineiras, como aceleração de pesquisa e automatização de trabalho administrativo”, afirma Manuel Luiz, Managing Director e Partner da BCG em Lisboa.

Dos 72% de profissionais que utilizam IA Generativa no trabalho, 58% afirmam que esta tecnologia permite economizar mais de 5 horas semanais, sendo que 41% estão a utilizar esse tempo extra para executar mais tarefas, 39% para realizar novas atividades e 38% para dedicar a ações mais estratégicas.

Apesar das perspetivas positivas da maioria dos profissionais quanto ao impacto da IA Generativa na sua produtividade, o sentimento geral sobre esta tecnologia é de otimismo cauteloso. O inquérito revela que 42% dos profissionais tem confiança na mesma, em comparação com 26% em 2023, porém, a ansiedade também aumentou de 12% em 2023 para 17% este ano. Além disso, 42% dos inquiridos afirma sentir medo de perder o emprego devido à IA Generativa, um aumento de 6 pontos percentuais (pp.) face aos 36% registados o ano passado.

O estudo indica ainda que, à medida que as organizações ultrapassam os projetos-piloto e começam a integrar a tecnologia de forma generalizada, quase dois terços dos líderes (64%) revelam que estão a implementar ferramentas IA Generativa para remodelar as empresas.

Face às transformações introduzidas pela IA Generativa no mercado de trabalho, a BCG recomenda cinco ações chave para as empresas se adaptarem e tirarem partido da tecnologia:

  1. Adotar uma mentalidade de transformação, ultrapassando o período de teste e focando-se nos fatores de diferenciação de valor, através da adoção generalizada da IA Generativa na organização e do envolvimento dos colaboradores na transição.
  2. Gerir as transformações de forma integrada, definindo objetivos e métodos de avaliação eficazes para medir o progresso e os principais resultados da implementação da tecnologia, e para garantir uma boa execução da estratégia empresarial.
  3. Formar os profissionais em grande escala, avaliando as lacunas de qualificações para requalificá-los em conformidade e priorizando a formação contínua, dada a rápida evolução da IA Generativa.
  4. Enfatizar os benefícios da adoção desta tecnologia, nomeadamente a sua capacidade para aumentar a criação de valor, bem como a satisfação dos colaboradores no exercício das suas funções, comunicando de forma clara de que modo a tecnologia pode auxiliá-los em funções administrativas.
  5. Desenvolver um novo modelo operacional que alie o talento à IA, antecipando a evolução do mercado, orientando a estratégia para o planeamento e reformulação de funções e competências.

O estudo é baseado num inquérito global a mais de 13.000 profissionais e pode ser lido na íntegra neste link.

BCG diz que portugueses estão dispostos a requalificar-se para se manterem competitivos

Um outro estudo divulgado pela consultora revela dados sobre Portugal, indicando que 33% dos portugueses utilizam com frequência a IA Generativa e que 56% dos profissionais em Portugal está disposto a requalificar-se para manter a competitividade. Ainda assim os dados de utilização estão abaixo da média global, que é de 39%. 


Em relação às perceções do impacto da IA Generativa no emprego, em Portugal, cerca de 5% dos profissionais acreditam que o seu emprego deixará de existir, aproximadamente de 25% prevêm que o seu trabalho será transformado e que tal exigirá uma requalificação significativa, perto de 45% admitem que as suas tarefas vão mudar e, por isso, precisará de desenvolver novas competências, e um quarto (25%) afirma que o seu trabalho não será, de todo, afetado pela tecnologia.

Estando os profissionais recetivos à mudança e à adoção desta tecnologia nos seus trabalhos, as empresas que garantam melhores condições de formação para a utilização da IA Generativa terão vantagens competitivas.

Newsletter