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Estudos  eCommerce  08 fev 2024

Mais de 40% dos portugueses fizeram compras online em 2023

Vestuário e calçado e refeições entregues em casa foram os bens mais encomendados pela internet em Portugal ao longo de 2023, seguindo-se os produtos de cosmética, beleza e bem-estar e os computadores, tablets e telemóveis.

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Em 2023, 44% da população residente em Portugal com 16 a 74 anos fez compras através da internet nos três meses anteriores à realização do inquérito, tendo-se registado um aumento de 1,3 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior, revela a Anacom.

O mais recente relatório da entidade reguladora indica também que 54,8% da população realizou pelo menos uma transação deste tipo nos 12 meses que anteriores ao inquérito. Já cerca de 25% dos residentes em Portugal com 16 a 74 anos nunca fizeram compras online. Por outro lado, 10,3% dos residentes já venderam produtos online.

O vestuário e calçado (67,6% da população que efetuou compras online) e as refeições entregues ao domicílio (38,9%) foram os bens mais encomendados pela Internet, seguindo-se os produtos de cosmética, beleza e bem-estar (29,7%) e os computadores, tablets, telemóveis e equipamento informático complementar (26,2%).

Entre os produtos digitais, destacaram-se os filmes, séries ou programas de desporto para download ou subscrição online como os mais comprados pela internet (37,6% da população que fez compras online).

Quanto aos serviços contratados online, o destaque foi para os bilhetes para eventos culturais ou outros, como cinema, concertos, feiras, serviços de transporte (37,9% cada) e os serviços de alojamento (36,2%).

Durante 2022, cerca de 17% das empresas portuguesas com 10 ou mais pessoas ao serviço receberam encomendas através de redes eletrónicas (1,4 p.p. que no ano anterior). Estas encomendas representaram 19,0% do volume de negócios (+1,8 p.p. que no ano anterior).

Embora a maioria das empresas receba as encomendas através do seu website ou app, cerca de 6% receberam encomendas através de portais de comércio eletrónico ou plataformas digitais (via apps) utilizadas por várias empresas.

Na perspetiva da população que fez compras online, 95,4% não tiveram qualquer dificuldade na sua realização, o que colocou Portugal na 1.ª posição do ranking da UE27 nesta dimensão. O tempo de entrega das encomendas e a entrega de bens ou serviços danificados ou errados (em torno de 2% cada) foram os problemas mais referidos em compras online.

A principal barreira à utilização do comércio eletrónico foi a “preferência pelo contacto pessoal, força de hábito ou fidelidade aos vendedores habituais”, seguindo-se o “não haver necessidade de comprar online” e as “preocupações com a segurança dos pagamentos”, segundo os dados mais recentes disponíveis, relativos a 2021.

Na perspetiva das empresas, mais de metade das empresas que efetuaram vendas a clientes de outros países da UE manifestaram alguma dificuldade no processo (56,2%, +27,9 p.p. que o registado no inquérito anterior), sendo que os principais problemas referidos foram os “custos elevados de entrega e devolução de produtos” (32,9%) e as “dificuldades relacionadas com o sistema de IVA nos países da UE" (24,3%), segundo os dados mais recentes disponíveis de 2022.

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